27 junho, 2013

PEC 37 no senado - Marketing dos partidos.

Dizer que tal meio de comunicação como a TV é influenciador pode até estar certo, mas deixar de vê-lo não é uma boa alternativa. Nesta terça-feira fiz questão de ficar ligado da TV Senado desde os royalties e mais tarde na sessão extraordinária do PEC 37. Me incomoda o modo que alguns jornalistas e até em discussões dentro de um ônibus as pessoas dizendo "O jovem começou a se interessar pela política agora, que virou festa". E se for? E se essa mobilização foi o que faltava pro jovem ir na internet querer saber o significado de PEC? E se o jovem entendeu que não só a voz da multidão como um título de eleitor é bem mais que uma arma em  mãos pra mudar o seu país?

Tive a paciência de ouvir todos os deputados que se dirigiram a tribuna, me incomodava o fato de em meio a votação e ao discurso vir uma propaganda partidária sempre criticando o atual governo. Após o Deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) dizer que é só pegar o resultado da 'Prova Brasil' pra ver a situação da educação era precária me deu um momento de lembrança. Pra nós, jovens que estudaram nos últimos 15 anos ou mais em escolas públicas, a sensação de estar na escola era de: Obrigação e deveres com os pais? Vontade de ser formar e ver logo em seguida uma faculdade em mãos? Ou era a sensação de estar preso? Nunca me senti à vontade no local em que cada corredor houvesse uma grade, em que diversas vezes a simples permissão para ir ao banheiro fosse uma longa conversa com o professor para ter a permissão.

O fato é que a palavra 'confiança' incomoda todos os lados. Durante a votação da PEC 37, a grande preocupação do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) era que pudesse ter uma infidelidade no partido, enquanto na tribuna o deputado Eduardo Sciarra (PSD-PR) cometia uma gafe ao falar da PEC 33 que nem estava em pauta.

Todos que subia a tribuna, deixava bem claro que se sentia representados nas ruas e que antes mesmo dos manifestos já iriam votar contra, o que não é verdade. Num último suspiro, depois de muita vaia o deputado Lourival Mendes (PT do B-MA) foi a tribuna dizendo que entendia e respeitava os votos contra, mas que esperava uma evolução mais pra frente, com a PF e o MP trabalhando juntos.

Depois de 1h de muito marketing pessoal e partidário o que vimos era a PEC 37 caindo, e sendo comemorada ao som do Hino Nacional pelos promotores que lá assistiam. Agora depois de muitos gritos, cartazes e luta desse povo jovem, inquieto e instigado a garimpar a política são as seguintes mudanças:

-R$0,20 das passagens reduzidas.

-PEC 37 vetada.

-Corrupção como crime hediondo.

-14° e, 15° salários sendo cortados.

-Cancelados aumentos em pedágios.

-75% e 25% dos royalties do petróleo e do gás natural para educação e saúde.

Se somos a juventude que se interessou por política devido a "festa", estamos bem então. Estamos sim festejando mas de modo algum pensando em parar por aqui.

25 junho, 2013

PRA COMEÇAR COM ESTRUTURA.

Pra quem se espanta com um guri de 17 anos tão contraditório e que não sessa os canhões da fala, que também deixa passar por batido quem engole sem digerir o que ouve e vê em outros meios de comunicação pode parecer um ótimo lugar pra você aqui meu caro, espantar-se é bom.

A Garimpada da vez e entrando no embalo, eu me certifiquei de que iria consumir muito mais do que um jornal da minha pequena cidade e fui atrás dos mais absurdos e “assustadores” comentários sobre o tão falado/não esperado/tão necessário manisfesto que ocorreu no Brasil e no mundo (devido ao apoio dos países). Sim, eu fui em um manifesto e não gritei nem concordei em dizer que estava ali sem partido. Pra começar você já leu na primeira linha que sou um tanto quanto jovem e vai entender que pra minha idade ter um partido já escolhido é colocar a ‘carroça na frente dos burros’, pois também como dito antes, eu devo digerir o que ando vendo e ouvindo. Julgar a esquerda pelo que a direita fala e vice-versa não pode ser tomada como a sua opinião. O que ando vendo é gente com preguiça de usar uma BAITA FERRAMENTA que esta a poucos palmos de seus olhos, o computador/internet.

O bom desse grande movimento nacional, é que a política entrou em pauta na messa de jantar, numa roda de amigos e por ai vai. Só vem me desagradando o seguinte, a fonte de informação de grande parte para um conversa/debate/discussão é o facebook. Já ouvistes o ditado ‘fala o que quer, ouve o que não quer’, e nas redes sociais você verá ‘postem o que quer, acreditem quem quiser’. Qualquer um hoje sabe colocar uma frase ao lado de uma grande figura pública, e assim cativar insultos a esta figura, ou uma grande aclamação.
Então deixo claro que eu não sou apartidário, apenas estou garimpando e dissertando com quem eu posso, com mais velhos e mais novos e claro da mesma idade pra formar uma opinião, pois acredito que ninguém cria uma por si só. Então se grita com tanto orgulho ‘saímos do facebook’, certifique-se. O comodismo pode te atrapalhar, então não de ponto final em sua opinião.